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Escola não é quartel: Vereador Vítor se posiciona contra projeto de escolas cívico-militares em Divinópolis

  • Foto do escritor: Clara Campos
    Clara Campos
  • 7 de jul.
  • 3 min de leitura

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O vereador Vítor Costa (PT) se posicionou contra a proposta do governo Romeu Zema de implantação de escolas cívico-militares em Divinópolis. Segundo o parlamentar, a iniciativa está sendo conduzida de forma apressada e sem diálogo adequado com a comunidade escolar, impondo uma decisão que precisa ser tomada até o dia 18 de julho, sem o devido debate com pais, estudantes, professores e trabalhadores da educação.


“Essa proposta não respeita a gestão democrática e ignora a autonomia das escolas, além de não ter critérios claros. Pelo contrário, estão colocando na lista algumas das melhores escolas da cidade, que têm bons resultados e são reconhecidas pela atuação, sem qualquer justificativa para essa mudança”, afirmou Vítor.


Atualmente, 14 escolas estaduais em Divinópolis estão na mira do governo para adesão ao modelo cívico-militar:


EE Lauro Epifânio

EE Dona Antônia Valadares

EE Joaquim Nabuco

EE Antônio Belarmino Gomes

EE Miguel Couto

EE Engenheiro Pedro Magalhães

EE Manoel Correa Filho

EE Santo Tomaz de Aquino

EE Monsenhor Domingos

EE Luiz de Melo Viana Sobrinho

EE Henrique Galvão

EE Antônio Gonçalves de Matos

EE Padre Matias Lobato

EE São Francisco de Assis


De acordo com o vereador, ao invés de investir em psicólogos, assistentes sociais, professores e em melhores condições de trabalho para a educação pública, o governo Zema pretende pagar militares da reserva para atuarem dentro das escolas, em uma função que não é a deles. “Militar tem que estar na rua, protegendo a população. Na escola, precisamos de professores e profissionais da educação, com salários justos e condições de trabalho dignas”, pontuou.


Vítor também explicou que o projeto das escolas cívico-militares não é igual aos colégios Tiradentes, que possuem outra estrutura, outro nível de investimento e objetivos específicos. O modelo proposto agora é improvisado, com a presença de militares da reserva para cuidar da disciplina escolar, sem formação pedagógica e sem a vivência do cotidiano escolar, ferindo o papel educador da escola e a autonomia das equipes pedagógicas.


“Além disso, a forma como a Secretaria de Educação está conduzindo esse processo é intimidadora, exigindo que cada pessoa vote assinando seu nome, o que pode constranger e gerar medo em quem deseja votar contra, ferindo a liberdade de escolha e o debate democrático”, destacou o vereador.


Diante dessa situação, Vítor Costa e o Sind-UTE subsede Divinópolis informaram que irão acionar o Ministério Público de Minas Gerais para investigar e corrigir eventuais irregularidades no processo de votação dentro das escolas.


O parlamentar também ressaltou que entende a preocupação de pais e mães com a disciplina nas escolas, mas que a militarização não é a solução. “A disciplina deve começar em casa. A escola é lugar de aprendizagem, de diálogo e de formação cidadã. Precisamos fortalecer a patrulha escolar para apoio externo, quando necessário, e não colocar militares dentro da escola”, defendeu.


Vítor finalizou reafirmando seu compromisso com a defesa da educação pública, democrática e de qualidade. “Ao invés de transformar a escola em quartel, precisamos valorizar os educadores e garantir as condições para que a escola pública funcione de verdade. A escola deve formar cidadãos, não soldados”, concluiu.


Audiência Pública

Nesta terça-feira, 8 de julho, às 19h, na Câmara Municipal de Divinópolis, será realizada uma audiência pública para debater a proposta de escolas cívico-militares no município. Esperamos todos os pais, alunos, professores e quem mais se interessar para defender a nossa escola pública, democrática e de qualidade. Sua presença é fundamental para que possamos dizer em alto e bom som: Escola não é quartel!


 
 
 

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